Edição Bimestral - Maio / Junho 2022

Publicado em Edição Bimestral, por Redação no Cenáculo em 04/05/2022


Mãos que abençoam...

Então Jesus os levou para fora, até Betânia. E, erguendo as mãos, os abençoou. Lucas 24.50

É maravilhoso crer que a iniciativa de abençoar parte sempre de Deus. Desde o tempo da criação, a palavra abençoadora é: “[...] e Deus viu que isso era bom”. Essa iniciativa se segue na jornada do povo de Israel, e agora percebemos Jesus com este gesto tão significativo (erguendo as mãos) abençoando seus discípulos em sua despedida terrena.

Gosto de imaginar o gesto das mãos de Jesus, que sempre abençoou crianças, pobres, enfermos e desventurados. Se você observar a capa deste bimestre, vai notar que as mãos fazem um sanduíche. As mãos que apresentam ser de uma pessoa mais idosa dão a base e a cobertura sobre as mãos de aparência mais nova. Mas a gente pode continuar essa corrente, a saber: as mãos que estão no meio podem, na sequência, ser as mãos que darão a base e a cobertura para outras mãos que ficarão no centro. Eu visualizo uma corrente de mãos que num momento têm o gesto de quem recebe a bênção e na sequência ocupam o papel de quem oferece a bênção. Como cristãs e cristãos não podemos nos esquecer de que somos canais de bênçãos. A proposta de Deus a Abraão “seja uma bênção!” (Gênesis 12.2) é válida para nós também.

Assim como as discípulas e os discípulos, somos chamados para fora. Sim, devemos sair de nossas clausuras para sermos abençoados e para abençoarmos pessoas. Aprendamos de Jesus e vamos estender as nossas mãos neste tempo de reconstrução de sentidos de vida, para receber e oferecer a bênção da vida. É isso, abençoar é o gesto de desejar o bem mais profundo de nosso ser para o outro, e quem abençoa os outros abençoa a si mesmo.

Com desejos de bênçãos,

Nicanor Lopes
Editor Nacional


Posts Relacionados


Deixe seu comentário:

=