“Corre como um rio, sempre calmo, a paz. Com que Deus, aos crentes, a alma satisfaz…”
363 HE.
Olhar para a imagem de um rio sereno pode nos trazer a sensação de paz e nos remeter a textos bíblicos, como o de Números 24.6: “São como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios, como árvores de sândalo que o Senhor plantou, como cedros junto às águas”. Porém, vivemos no ano de 2020 uma experiência singular com a pandemia do COVID-19.
As imagens que circularam nas redes sociais e nos meios de comunicação de massa foram de dor e desesperança, e não foi uma questão localizada de um país ou cidade, mas foi de alcance mundial. A capa do no Cenáculo deste bimestre propõe olhar a água como um divisor de fronteiras, mas em determinado ponto existe uma ponte onde ambos os lados podem se comunicar.
A imagem apresenta árvores de ambos os lados, banhadas pelas águas do rio calmo que comunica paz. O rio corre como “águas que curam, que restauram” as suas margens. E quer estejamos à margem direita, quer à esquerda, podemos passar para o outro lado graças à ponte sobre o rio. Em breve este ano terminará e passaremos para um novo ano. Que possamos viver esse tempo de passagem como um tempo de cura e restauração. O hino utilizado no início deste texto, na sua última estrofe, afirma: “São os nossos dias, quer de gozo ou dor, raios derramados pelo sol de amor; pondo a confiança plenamente em Deus, sempre o acharemos amparando os seus”.
Esperamos que este tempo de isolamento social seja logo superado pela convivência fraterna e que a comunidade científica seja abençoada na busca
de uma vacina para que pontes sejam construídas em nossos relacionamentos.
